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Queimadas - Programa Cisternas transforma a vida no semiárido


A vida da população do semiárido brasileiro começou a passar por mudanças significativas a partir de 2003, com o lançamento do Programa Cisternas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com entidades da sociedade civil e governos estaduais e municipais. O objetivo do programa é construir um milhão de reservatórios de água na região semiárida do País, beneficiando cinco milhões de pessoas.

Um exemplo dessas mudanças é o Assentamento Olga Benário, localizado a 3 km da sede do município de Queimadas, às margens do Rio Itapicuru. No assentamento, foram construídas 30 cisternas através do CONSISAL, o Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável formado pelos 20 municípios do Território do Sisal. Embora o assentamento exista há oito anos e esteja próximo ao rio, a comunidade enfrentava dificuldades com a falta de água, sendo abastecida por carros-pipa.

Jussara da Silva Rocha, uma das líderes do movimento MST, destacou a melhoria na qualidade de vida com a chegada das cisternas. “Os dezesseis mil litros de água armazenados são utilizados para todas as necessidades, desde o consumo humano até as atividades da casa. Esperamos que o Assentamento seja atendido por uma rede de abastecimento da EMBASA, assim a água armazenada ficará para uso doméstico, permitindo economia na conta e na utilização”, afirmou Jussara.

Tainá Andrade, dona de casa de 26 anos e mãe de três filhos, relatou como sua vida melhorou após a construção da cisterna. “A cisterna capta água da chuva através de uma bica e tornou tudo mais fácil. Ela está no fundo da minha casa. Depois que as cisternas foram construídas, já choveu duas vezes”, disse Tainá enquanto retirava água da cisterna.

Para o secretário de Agricultura da Prefeitura de Queimadas, João Ferreira da Silva, o programa de cisternas está promovendo uma verdadeira revolução na vida das pessoas. “A construção de cisternas é de suma importância, pois o acesso à água de qualidade é uma parte crucial da solução no combate à fome”, destacou Ferreira. Até agora, foram construídas 450 cisternas em Queimadas, beneficiando várias comunidades além do Assentamento Olga Benário, como Várzea da Capoeira (19), Lajedo (16), Umbuzeiro Grande (07), e muitas outras.


Ferreira explicou que a cisterna é uma tecnologia popular para a captação de água da chuva, oferecendo uma solução para a população do semiárido, que enfrenta secas prolongadas. Durante esses períodos, a população depende de água de barreiras, açudes e poços, geralmente distantes de suas casas, e em situações extremas, é abastecida por carros-pipa, como ocorreu entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015.

Cada cisterna tem capacidade para armazenar 16 mil litros de água, o suficiente para atender às necessidades básicas de uma família de cinco pessoas. As famílias beneficiadas pelo programa recebem orientações sobre os cuidados necessários para manter a qualidade da água.

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